Sunday, March 07, 2010

OSCAR 2010 - A CERIMÔNIA - PARTE V


Melhor Ator

Michelle Pfeiffer, Vera Farmiga, Juliane Moore, Tim Robbins e Colin Firth apresentaram os cinco finalistas ao prêmio de Melhor Ator entregue por Kate Winslet a Jeff Bridges, por Coração Louco
Melhor Atriz

Forest Whitaker, MichaeL Sheen, Peter Saarsgard, Oprah Winfrey e Stanley Tucci apresentaram as cinco finalistas ao prêmio de Melhor Atriz entregue por Sean Penn a Sandra Bullock, por Um Sonho Possível

Melhor Direção

Barbra Streisand apresentou os finalistas e anunciou a vencedora Kathryn Bigelow, por Guerra ao Terror, a primeira mulher a vencer o Oscar nesta categoria.
Melhor Filme

Tom Hanks anunciou a vitória de Guerra ao TerrorMark Boal, Kathryn Bigelow e Greg Shapiro

OSCAR 2010 - A CERIMÔNIA - PARTE IV

Melhor documentário de longa-metragem

Matt Damon apresenta os indicados ao prêmio e o vencedor The Cove, de Louie Psihoyos

Melhor montagem

Tyler Perry apresenta os indicados ao prêmio e o vencedor Guerra o Terror

Melhor filme em língua estrangeira

Quentin Tarantino e Pedro Almodóvar apresentam os indicados e anunciam o vencedor El Secreto de Sus Ojos, de Juan Jose Campanella (Argentina)

OSCAR 2010 - A CERIMÔNIA - PARTE III

Melhor edição de efeitos sonoros

Zach Efron e Anna Kendrick apresentam o prêmio dado a Guerra ao Terror

Melhor som (mixagem)

Zach Efron e Anna Kendrick apresentam o prêmio dado a Guerra ao Terror

Melhor fotografia

Sandra Bullock apresentou o prêmio dado a Avatar, por Mauro Fiore
Melhor trilha sonora original

Sam Worthington e Jennifer Lopez apresentaram os indicados e o prêmio para Up - Altas Aventuras, trilha composta por Michael Giacchino

Melhores efeitos visuais

Gerard Butler e Bradley Cooper apresentaram os indicados e o prêmio para Avatar

OSCAR 2010 - A CERIMÔNIA - PARTE II


Melhor Maquiagem

Ben Stiler apresentou, caracterizado como Na'vi, o prêmio dado a Star Trek

Melhor roteiro adaptado

Jake Gyllenhaal e Rachel McAdams apresentam o prêmio dado a Preciosa: Uma História de Esperança (Precious: Based on the novel Push by Sapphire), roteiro de Geoffrey Fletcher; baseado no romance Push de Sapphire

Melhor atriz coadjuvante

Robin Williams apresenta as indicadas e anuncia a vencedora Mo'Nique, por Preciosa - Uma História de Esperança

Melhor Direção de Arte

Sigourney Weaver apresenta o prêmio dado a Avatar.

Melhor Figurino

Sarah Jessica Parker e Tom Ford apresentam o prêmio dado a The Young Victoria

OSCAR 2010 - A CERIMÔNIA - PARTE I

Indicados ao Oscar entram no palco do Kodak Theater, em Los Angeles, para a 82ª cerimônia de entrega dos prêmios Oscar

Melhor ator coadjuvante

Penelope Cruz apresentou os indicados nesta categoria. O austríaco Christoph Waltz, o coronel Hans Landa de Bastardos Inglórios, amplo favorito, levou o prêmio.
Melhor longa de animação

Steve Carrell e Cameron Diaz apresentam os indicados nesta categoria. Up- Altas Aventuras levou o prêmio.

Melhor Canção

Miley Cyrus e Amanda Seyfried apresentam os indicados ao Oscar de Melhor Canção, vencido por "The Weary Kind", do filme Coração Louco

Melhor Roteiro Original

Robert Downey Jr. e Tina Fey apresentam os indicados e anunciam Guerra ao Terror (Mark Boal) como vencedor nesta categoria.
Melhor Curta de Animação

Logorama, de Nicolas Schmerkin

Melhor Curta Documentário

Music by Prudence, uma produção da iThemba Productions, Inc.

Melhor Curta Live Action

The New Tenants, dirigido por Joachim Back e produzido por Tivi Magnusson (Park Pictures)

Prévia Oscar 2010- Filme

Ana Maria Bahiana - Holyoodianas UOL


Quase todo ano a disputa de melhor filme se cristaliza em dois títulos que representam visões opostas e/ou complemetares do principal tema do ano. Não é algo premeditado ou planejado – simplesmente acontece, parte das misteriosas correntes que fazem com que filmes pensados e realizados meses e até anos atrás sejam vistos exatamente quando seus temas estão presentes nos desejos e inquietações das pessoas.

Este ano, os dois competidores polarizando votos (e até mesmo a terceira opção que pode se aproveitar de um possível impasse) falam de guerra. O pano de fundo é perfeito: depois de uma década de envolvimento militar cada vez maior no Iraque e no Afeganistão, a nação norte-americana está emocionalmente exausta, desgastada pelo custo físico, financeiro e moral de mais uma operação bélica que parece cada vez mais sem sentido , sem saída e sem glória. Depressão econômica e guerra no Oriente Médio tem levado os Estados Unidos à maior revisão de valores, prioridades e projetos de vida desde a Segunda Guerra Mundial, uma autocrítica profunda e incomum.


Guerra ao Terror/The Hurt Locker abraça não a guerra, mas seus personagens. A tela é grande, mas a pintura é retratismo – um olhar de perto sobre quem está efetivamente envolvido nas ações que, descritas em noticiários e declarações oficiais, parecem tão neutras e distantes. É um filme feito de um modo que a Academia compreende instantâneamente, porque se fundamenta firmemente num gênero clássico – o filme de guerra- e num idioma consagrado : a narrativa conduzida por personagens

Avatar usa a metáfora em grande escala –a escala das novelas gráficas, da imaginação sem limites – para refletir sobre guerras justas e injustas, ocupação e insurreição, colonialismo e emancipação. A tela é imensa –e 3D!- e a pintura é alegórica: colocando no futuro, em outra galáxia, os medos e as culpas do presente, a reflexão e a catarse se tornam possíveis, mais fáceis. É um filme feito de um modo que a Academia nunca viu antes, mas cujo resultado e desempenho comercial acenam com esperanças de novas soluções.

Se estes dois favoritos cancelarem-se mutuamente, o terceiro candidato também é um filme que aborda a guerra sob nova ótica. Bastardos Inglórios tem o deslocamento (para o passado) e o poder metafórico (pela reinvenção da história) de Avatar, e o foco fechado de Guerra ao Terror, deixando, como ele, que personagens e não fatos conduzam a narrativa.

Vai ser fascinante ver por qual caminho o Oscar vai passar, este ano.

Nas entrelinhas de um Oscar atípico

WALTER SALLES
ESPECIAL PARA A FOLHA DE SÃO PAULO

Apesar de ter grandes longas em competição neste ano, premiação de melhor filme continua limitada e deixa de fora da disputa alguns fortes candidatos


Talvez o Oscar mais emblemático dos últimos dez anos. Em jogo, que tipo de cinema teremos no futuro. Há visões colidentes tanto na categoria que os norte-americanos chamam de principal quanto no gueto do filme estrangeiro.
A oposição mais reveladora acontece entre "Avatar" e "Guerra ao Terror" ("The Hurt Locker"). Primeira evidência: hoje, é mais fácil financiar um filme de US$ 500 milhões em Hollywood do que outro de US$ 11 milhões, sobre a Guerra do Iraque. É o oposto do que teria acontecido na década de 70, durante os anos Nixon e a Guerra do Vietnã.
Com a implosão da maioria das produtoras e distribuidoras de filmes independentes nos EUA, o longa de Kathryn Bigelow só se concretizou graças ao aporte de um coprodutor francês. Não existe mais nos EUA financiamento para um filme com as características de "Guerra ao Terror" (tema polêmico, ausência de estrelas, filmagem em super-16).
Tudo opõe "Guerra ao Terror" e "Avatar": a imagem granulada do primeiro e a imagem sintética e digital em 3D do segundo, o desencanto humanístico do filme de Bigelow e o heroicismo de Cameron, a inutilidade versus a premência da guerra. Mas é talvez no entendimento de quem é o povo "invadido" que reside a maior diferença: Bigelow o vê como capaz de travar uma resistência autônoma. Já os Na'vis necessitam da liderança de um marine norte-americano para combaterem "o mal". Os bons (e indefesos) selvagens de Rousseau não estão longe.
Outra evidência trazida pelo Oscar 2010: se alguém ainda tinha dúvidas da importância dos festivais e da crítica especializada, "Guerra ao Terror" veio para enterrá-las. Sem a forte impressão que causou em Veneza e Toronto, o filme de Bigelow teria possivelmente ficado, como tantos outros filmes independentes norte-americanos, nas prateleiras.
Um único distribuidor se interessou em lançar o filme nos Estados Unidos.
No Brasil, também sintomaticamente, a falta de "estrelas" (e de visão) levou-o diretamente para um lançamento em DVD, até ser resgatado pelas nove indicações ao Oscar e ganhar tardiamente a tela grande.
Mas foram as vitórias nos prêmios dados pelas associações de críticos de Nova York e Los Angeles que deram a "Guerra ao Terror" a sua plena dimensão.
A partir daí, começou uma avalanche que culminou com os prêmios de melhor filme e direção no Bafta, o Oscar inglês.
Resta a pergunta: um filme na contramão da atual safra cinematográfica dos estúdios norte-americanos poderá ganhar o Oscar?
Não menos significativo: nem mesmo a ampliação do número de cinco para dez longas selecionados na categoria de melhor filme permitiu a inclusão de dois filmes "estrangeiros" excepcionais nesse clube. "A Fita Branca", obra-prima de Haneke e para muitos o melhor filme do ano, e "O Profeta", o excelente filme de Jacques Audiard, mereciam ter ultrapassado o território restrito do melhor filme estrangeiro. Só a marcante fotografia de Christian Berger para "A Fita Branca" foi reconhecida.
Aí residem, talvez, as maiores injustiças desta versão do Oscar: a não inclusão de Haneke como melhor diretor e roteirista e de Audiard na categoria de melhor roteiro original. No caso de "A Fita Branca", Haneke recebeu ajuda decisiva do roteirista Jean Claude Carrière. O ceticismo luminoso deste amplia a ressonância do filme e, de quebra, engrandece a obra de Haneke. A inocência do jovem professor que narra a história torna aceitável a perda de inocência das crianças do filme.
Magistral.
Aconteça o que acontecer, o Oscar 2010 ficará na história graças ao número de grandes filmes em competição, em oposição à mediocridade da edição passada, vencida por um forte candidato a pior filme da década ("Quem Quer Ser um Milionário?"). 2010 será lembrado por sua excelente safra. Além dos filmes de Bigelow, de Haneke e de Audiard, há também o melhor filme de Tarantino, "Bastardos Inglórios", sério candidato ao prêmio máximo da Academia, com ótimas atuações e uma refinada homenagem a Sergio Leone no alargamento do tempo e do espaço; um irmãos Coen de grande originalidade e uma excelente animação de Wes Anderson.
Em meio à crise salvaram-se, para a surpresa de muitos, os filmes mais essenciais e autorais. E mesmo se "Avatar" vier a levar a estatueta mais cobiçada da noite, ninguém poderá negar que o Oscar terá sido dado a um filme de autor.
Quem mais teria a capacidade e a obsessão necessárias para inventar aquele universo e torná-lo crível, se não James Cameron?

TOP 12 BILHETERIA 2010

1) Avatar
2) Alvin e os Esquilos 2
3) Sherlock Holmes4) Percy Jackson e o Ladrão de Raios
5) Premonição 4
6) Xuxa e o Misterio de Feiurinha
7) O Fada do Dente
8) Lula o filho do Brasil
9) O Lobisomem
10) Amor Sem Escalas
11) High School Musical - O Desafio
12) Sempre ao Seu Lado

Nem tudo é glamour no Oscar


EFE: Antonio Martín Guirado
Los Angeles (EUA)

Na edição anual do Oscar, nem tudo é glamour, já que há muita gente que trabalha para a ocasião, outros que estão dispostos a trapacear para ver de perto os ídolos e muitos que têm que alugar um smoking para estar à altura das pompas da cerimônia.

Muita gente está em Los Angeles nesta semana por ocasião da entrega dos prêmios Oscar e a maioria delas são rostos anônimos.

Desde os cozinheiros encarregados pelo cardápio que degustarão os convidados, passando pelos hoteleiros que sobem as tarifas em mais de 50%, até aqueles que trabalham horas extras contra o tempo para preparar o Teatro Kodak.

Cabeleireiros, choferes de limusines, alfaiates, desenhistas, floristas e outros comerciantes fazem plantão, especialmente nas 48 horas prévias à gala.

"São dois dias frenéticos, as pessoas esperam até o fim", disse à Agência Efe o alfaiate Mike Topalian, que veste dezenas de convidados para a ocasião.

No domingo, dezenas de milhões de espectadores acompanharão pela televisão a 82ª edição do Oscar, um evento pelo qual alguns estão dispostos a pagar até US$ 20 mil para ver de perto.

Pelo tapete vermelho de Hollywood passarão inúmeras celebridades vestidas nos mais glamourosos trajes de gala, em um evento bastante tentador para aqueles que desejam ver de perto os ídolos. Mas o acesso à área estará interditado para pedestres.

Simri Soto, um jovem mexicano que trabalha como porteiro no edifício em frente ao Teatro Kodak, de onde há um bom acesso visual ao tapete vermelho, tem histórias para contar.

"As pessoas sempre oferecem dinheiro porque querem a melhor visão ou o lugar mais próximo para ver e filmar tudo. Mas não as aceitamos, por mais que nos implorem", disse Soto todo orgulhoso à Agência Efe. "Não deixamos passar nem policiais com rifles" acrescentou.

Soto explicou que seu chefe recebeu ofertas de até US$ 20 mil dólares por permitir a entrada ao terraço do edifício. "Meu chefe teve a possibilidade de aceitá-lo, mas não o fez", declarou.

Entre os que comentam esses detalhes está o mexicano David Torres, que há 20 anos ajuda a montar o palco do teatro.

"Para mim é trabalho, não há nenhuma emoção. Quando tudo isso terminar, continuarei ajudando a organizar outras cerimônias", apontou.

Os prêmios Oscar, no entanto, atrairão a atenção de todo o mundo. Há mais de 250 veículos de imprensa credenciados para a cerimônia. A organização do evento distribuiu cerca de 2 mil credenciais para os jornalistas.

Todos eles, pelo menos os homens, terão algo em comum: o smoking, traje obrigatório para assistir à cerimônia. O que vai variar são os modelos e cores.

Os jornalistas mais sortudos, assim como os próprios atores e alguns apresentadores de televisão, vestirão trajes emprestados pelas grandes marcas. É o caso de Edgardo Gazcón, da emissora "Telemundo", que usará um Valentino cujo preço no mercado é de aproximadamente US$ 4 mil.

"Mas vou comprar uma gravata borboleta de US$ 10", disse Gazcón à Agência Efe.

Outros, no entanto, terão de se contentar em alugar um black-tie da forma mais barata possível. O preço varia entre US$ 60 e US$ 75 por traje.

O armênio Topalian, de 67 anos, é gerente de uma loja para a compra e aluguel de smokings desde 1992, a poucos metros do teatro Kodak, assegura que este é "o melhor momento do ano" para seu negócio.

"É temporada de prêmios e isso é bom para nós, mas os prêmios Oscar aumentam a carga de trabalho. Mesmo assim, ainda se pode notar os efeitos da crise. Até as pessoas de Hollywood, que jamais se preocupavam com o orçamento, se certificam de que obtém os melhores preços possíveis", comentou Topalian à Agência Efe.

De todas formas, as receitas de seu negócio, no qual conta com trajes Calvin Klein, Ralph Lauren e Chaps, aumentam até 50% graças à cerimônia.

Topalian, que veste anualmente celebridades da televisão americana, geralmente trabalha com baixos ou médios orçamentos e se surpreende quando alguém lhe pede coisas "caras".

"Um cliente japonês me disse que tinha como limite US$ 1 mil para comprar um smoking. Mostrei a ele o melhor que tinha e mesmo assim ficava abaixo desse valor. O curioso é que ele depois até me pediu um desconto", comentou entre risos.