Ângelo Costa, Editor e Crítico de Cinema do Fala Cinéfilo!
Dirigido por Joss Whedon, ‘Vingadores: era de Ultron’ traz de volta o grupo de super heróis mais poderosos do universo em uma aventura que não se permite erros (cinenamograficamente falando). Ao repetir elementos já apresentados no primeiro filme, ainda que se esforce na amplificação do universo até aqui estabelecido, Whedon tenta manter o equilíbrio da narrativa, construindo uma linha tênue entre o que já existe naquele universo e o que virá na terceira fase da Marvel.
E na construção dessa linha, Whedon abre o filme meio que no automático. Cenas de ação repletas de explosões e perseguições evidenciam o mote principal do filme, acompanhado de um vilão cuja inteligência artificial se baseia em um discurso melodramático vitimista que por vezes cansa. Aqui, os heróis tem muito mais a contar do que o vilão em si. Olhos atentos aos irmãos Maximoff.
Um outro ponto negativo no filme está na negligência em relação aos eventos futuros daqueles personagens, ora, sabemos que o próximo filme de peso neste universo será ‘Capitão América: Guerra Civil’, e apesar de ‘Era de Ultron’ revelar os medos e as ansiedades dos personagens, além da sua relação e responsabilidade para com o mundo, o filme parece não querer cortar de uma vez por todas o cordão umbilical dos seus. Todas as pistas plantadas desde ‘Homem de Ferro 2‘ parecem ter sido desconsideradas neste novo filme. Mas isso de fato não é um problema, pois ainda há uma chance desse conflito se desenvolver melhor em ‘Guerra Civil’.
Apesar de ‘Vingadores: a era de Ultron’ não ser um filme que surpreenda mais que o seu antecessor, ele tem suas qualidades. O ponto máximo em ‘Era de Ultron’ está justamente no terceiro ato, mais precisamente no final. Quando numa tentativa ousada, Whedon apresenta os ‘Novos Vingadores’, juntamente com o enigmático ‘Visão’. Isso revela muito como a Marvel está pensando sobre o universo construído para os cinemas. Sinceramente esperava que os Novos Vingadores somente fossem apresentados ao longo da terceira Marvel.
Essa ampliação do universo é uma aposta arriscada, porque Whedon antecipa algo que poderia ter sido usada como elemento surpresa após Guerra infinita. Ao mesmo tempo que é uma grata surpresa pois aumenta o escopo de personagens, necessário para ‘Guerra Civil’.
Em geral, ‘Vingadores: era de Ultron’ é surpreendente. É o típico filme ‘não se mexe em time que está ganhando’. Mostra que apesar de todos os problemas, a Marvel tem se dedicado completamente na manutenção do seu universo e revelando pequenas surpresas e desdobramentos à medida em que avança. Aguardemos os próximos capítulos dessa saga.
Friday, April 24, 2015
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