Uma mistura de documentário e ficção nostálgica e fantasiosa que retrata em seis episódios uma história sobre a família do diretor em Bobbio entre 1999 e 2008. Elena tem cinco anos e é criada por suas tias religiosas – irmãs de Bellocchio na vida real –, enquanto sua mãe Sara tenta a sorte como atriz em Milão. Giorgio, tio de Elena, tem uma relação difícil com a irmã e a recrimina por não criar a menina.
Em 2004 Giorgio se casaria com a designer de jóias Irene, mas o casamento não dura muito.
Em 2005 Sara tem a primeira chance real de sobressair-se na carreira de atriz em Milão, mas precisa saber o que fazer com a filha Elena, que está prestes a ser crismada em Bobbio. É o ano que a família se reúne para assinar os papéis da ampliação do túmulo da família e assiste á ópera "Il Trovatore".
Irmãs Jamais (Sorelle Mai) é um filme italiano de Marco Bellocchio que mistura ficção e reality show, já que levou dez anos para ser filmado e as mudanças físicas dos personagens são efeitos efetivos do passar do tempo.
Filmado em família e em ambientes familiares ao autor, é um exercício de linguagem interessantíssimo, apesar de ser também um exercício de risco cinematográfico, ao inserir elementos que não têm relação com os episódios anteriores na expectativa de que venham a ser utilizados posteriormente, como o Conselho de Classe de 2007 que introduz a inquilina professora de latim e grego numa passagem cheia de bom humor e que no entanto soa fora do contexto geral do filme.
(Cine Livraria Cultura 1)
Ócio (Mostra 2011)
Inverno em Buenos Aires nos anos 80. Andrés tem 24 anos e sente a morte recente da mãe. Sua vida ingressa em uma zona nebulosa: não tem trabalho, não estuda e não consegue comunicar-se com o irmão "Dragón" e com o pai animador de festas infantis, que completam sua família apática. Atordoado com a situação, Andrés tenta caminhar de alguma forma. Sem dinheiro, entre discos que rodam na sua vitrola, livros de Albert Camus, posters do seu time de coração, o Lorenzo de Almagro, cigarros e alguns poucos amigos também "ociosos" (Roli e Picasso), Andrés vai tateando, hesitante, para conseguir um emprego, enrola-se com vendedores de motos e tenta estabelecer um contato real com sua família e com o mundo exterior.
O filme argentino Ócio, de Alejandro Lingenti e Juan Villegas, com diálogos quase sempre monossílábicos, é pontuado por uma trilha sonora feita por músicas e riffs de guitarra do rock argentino dos anos 80, de bandas como Spinetta Jade, Pescado Rabioso, Manal e Los Minimals.
O filme sugere que na verdade não há ócio, já que ao mesmo tempo que nada parece estar acontecendo externamente na vida do desempregado Andrés, na mente do protagonista há uma atividade mental efervescente fazendo conexões, tentando estabelecer relacionamentos, dar um rumo e uma perspectiva para sua vida e tentando assimilar a dor de uma perda recente.
(Reserva Cultural 1)
Com os Punhos Cerrados (Mostra 2014)
(Brasil, 2014)
Direção: LUIZ PRETTI, PEDRO DIOGENES, RICARDO PRETTI
Elenco: LUIZ PRETTI, PEDRO DIOGENES, RICARDO PRETTI, SAMYA DE LAVOR, RODRIGO CAPISTRANO, UIRÁ DOS REIS
Sinopse: Eugenio, Joaquim e João colocam suas vozes para gritar pela liberdade enquanto planejam a revolução através de uma rádio clandestina. Eles invadem as transmissões das rádios tradicionais de Fortaleza com poesias, músicas, citações, arquivos de som e provocações. Certa noite, eles são vistos disfarçados pelas ruas da cidade, em ações que atacam a sociedade burguesa e capitalista. Franco, empresário influente e magnata do forró, decide destruir a rádio a qualquer custo. Quando o perigo começa a rondar, surge Salomé, uma ouvinte bela e misteriosa que quer se unir a eles na revolução. A chegada dela pode transformar o destino deles.
Sunday, July 05, 2015
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