Tuesday, January 30, 2007

Estréias de 16 de fevereiro de 2007

O MESTRE DAS ARMAS
(Huo Yan Jia, China/ Hong Kong/ EUA, 2006)
103 min.
Direção: Ronny Yu.
Elenco: Jet Li, Michelle Yeoh, Nathan Jones, Mike Leeder, Jean Claude Leuyer, Masato Harada, Anthony De Longis & Collin Chou.
Sinopse: O roteiro ficcionaliza a história de Huo Yuanjia (1869-1910), célebre lutador chinês que, antes de fundar e servir de guru espiritual da Chin Woo Athletic Association, montou uma escola de artes marciais em Xangai que servia de palco para desafios entre lutadores de estilos, localidades ou mesmo de países diferentes. A idéia de construir tanto a escola quanto a associação nasceu do fato de diversos lutadores do mundo professarem sua superioridade em território chinês, mas nunca terem coragem de subir ao ringue quando Yuanjia os desafiava. Boxeadores russos e ingleses, como aquele conhecido como O'Brien, são alguns deles.
Notas da Crítica:
Pablo Villaça, Cinema em Cena: 2/5

PERIGOSA OBSESSÃO
(Peligrosa Obsesión, Argentina, 2006)
Aventura - 126 min.
Direção: Raúl Rodríguez Peila
Elenco: Carol Castro (Mariana), Hugo Arana, Mariano Martínez (Tony Corsini), Pablo Echarri (Javier Labat).
Sinopse: Dois jovens com personalidades opostas e trajetórias muito diferentes são unidos pelo destino e, juntos, terão de resolver um nebuloso episódio de suas vidas. Um deles assume essa missão por vingança, enquanto o outro está disposto a tudo por amor ao perigo. Uma bela mulher cansada da traição dos homens. As circunstâncias os unem e o amor os separa. A honra e a obsessão são o que os personagens possuem em comum. Eles enfrentarão uma poderosa organização criminosa e empreenderão uma aventura tão intensa quanto selvagem, podendo atingir seus objetivos ou morrer.

CARTAS DE IWO JIMA
(Letters from Iwo Jima, EUA/Japão, 2006)
Direção: Clint Eastwood
Roteiro de Iris Yamashita, baseado em livro de Tadamichi Kuribayashi e em estória de Iris Yamashita e Paul Haggis. Elenco: Ken Watanabe (General Tadamichi Kuribayashi), Kazunari Ninomiya (Saigo), Shido Nakamura (Tenente Ito), Tsuyoshi Ihara (Barão Nishi), Ryo Kase (Shimizu), Yuki Matsuzaki (Nozaki), Hiroshi Watanabe (Tenente Fujita), Takumi Bando (Capitão Tanida).
Sinopse: 2005, Iwo Jima. Um grupo de exploradores japoneses descobre enterrado no chão de um túnel escavado há décadas um saco contendo algumas relíquias da Segunda Guerra Mundial.
1944, Iwo Jima. A ilha, situada no Oceano Pacífico a 1200 quilômetros ao sul de Tóquio era considerada um ponto militar estratégico para os norte-americanos, que pretendiam utilizá-la para servir como local de aterrissagem e de reabastecimento para os seus bombardeiros. Para os japoneses Iwo Jima representava o último sopro de resistência das suas linhas de defesa contra a iminente invasão dos norte-americanos ao Japão.
O tenente-general do exército imperial japonês Tadamichi Kuribayashi desembarca na ilha com seu fiel auxiliar, o tenente Fujita, e em sua primeira visita de inspeção muda algumas prioridades estratégicas, transferindo as tropas que até então concentravam-se em cavar trincheiras nas areias das praias de Iwo Jima para o Monte Suribachi, onde manda os soldados cavarem túneis subterrâneos e cavernas de onde os japoneses ofereceriam resistência às tropas americanas que estão a caminho.
O estilo renovador de Kuribayashi, que critica a disciplina improdutiva aplicada pelo seu primeiro escalão e tenta injetar algum ânimo aos subordinados logo causa divisões. Alguns membros da cúpula acusam-no de ser um burocrata encrenqueiro ou de ser simpatizante dos interesses dos norte-americanos, porque Kuribayashi viveu durante dois anos num centro militar em Washington. Viver na América fez com que o general tivesse idéia do poderio tecnológico dos inimigos, e a construção da fortaleza subterrânea era sob sua ótica a forma mais eficaz de combater este poderio, que não podia ser menosprezado. Além disso, soldados pálidos, abatidos, com fome e morrendo de disenteria por causa da água contaminada da ilha não era exatamente o ideal das forças armadas que honrariam o Império do Sol Nascente.
Outro militar que chega à Iwo Jima é o tenente-coronel Nishi, medalhista em equitação nas Olimpíadas de 1932 em Los Angeles, amigo pessoal de Kuribayashi, que trouxe notícias pouco animadoras sobre a situação militar do Japão, que acabava de perder uma base em Mariana, outra ilha do Pacífico.
Enquanto isso o padeiro Saigo fazia o possível na tentativa de cumprir a promessa de "voltar para casa", feita para sua filha ainda na barriga de sua esposa Hanako, depois de receber a notificação de sua convocação para ir à guerra.
O militar Shimizu chega à ilha como combatente depois de fazer parte da Kempeitai (a polícia política japonesa) por insubordinação e causa um certo desconforto com sua presença (estaria ele espionando os demais soldados?)
19 de fevereiro de 1945. As forças americanas começam a desembarcar na ilha. No discurso pré-combate, Kuribayashi ordenou às suas tropas que "ninguém deve morrer sem matar 10 soldados inimigos. Estarei à frente de vocês! Vida longa ao Imperador! Banzai!"
Kuribayashi enfrentaria grande dificuldade para comandar suas tropas na batalha, devido à insubordinações, falta de suprimentos e munição, falta de apoio das bases de apoio e o apego ao conceito de honra ligado ao harakiri samurai (suicídio como forma de recuperar a honra perdida).
Bastidores:- Vencedor do Oscar de MELHOR EDIÇÃO DE SOM (Alan Robert Murray). Indicado aos Oscars 2007 de MELHOR FILME (produção de Clint Eastwood, Steven Spielberg e Robert Lorenz para a DreamWorks Pictures/Warner Bros. Pictures), MELHOR DIREÇÃO (Clint Eastwood) e MELHOR ROTEIRO ORIGINAL (de Iris Yamashita, com história de Iris Yamashita & Paul Haggis)
-Escolhido o Melhor Filme de 2006 pela National Board of Review e pela Crítica de Los Angeles.
LINK PARA OS MELHORES FILMES DE 2007

DREAMGIRLS- EM BUSCA DE UM SONHO
(Dreamgirls, EUA, 2006)
Musical - 131 min.
Direção: Bill Condon
Roteiro: Bill Condon, baseado em livro de Tom Eyen. Elenco: Beyoncé Knowles (Deena Jones); Jamie Foxx (Curtis Taylor Jr.); Eddie Murphy (James `Thunder` Early); Anika Noni Rose (Lorrell Robinson); Danny Glover (Marty Madison); Hinton Battle (Wayne); Sharon Leal (Michelle); Jennifer Hudson (Effie White); Keith Robinson (C.C.); Bobby Slayton (Sandy Price); John Lithgow (Jerry Harris); John Krasinski (Sam Walsh).
Sinopse: Anos 60, Detroit. Para anteceder o show de abertura da turnê do histriônico cantor Jimmy "Thunder" Early, um teatro local frequentado por negros promovia um animado concurso de talentos amadores. Entre os candidatos ao prêmio estavam o quarteto Stepp Sisters (cantando "I'm Lookin' For Something"), Little Albert & the Tru-Tones ("Goin' Downtown"), Tiny Joe Dickson ("Takin' The Long Way Home") e as Dreamettes ("Move").
As Dreamettes (Effie White, Deena Jones e Lorrell Robinson) eram um trio de cantoras negras que se apresentavam com as animadas canções compostas por C.C., irmão de Effie com vestidos coloridos feitos em casa e perucas baratas.
Na noite do concurso de talentos amadores, Tiny Joe Dickson levou o prêmio, mas as Dreamettes ganharam, como consolação, um convite para fazer backing vocals nos shows do casado e mulherengo Jimmy "Thunder" Early.
Curtis Taylor Jr., um empresário e dono de uma concessionária de veículos, interessado em investir em música, decide apostar na carreira de Jimmy "Thunder" Early e as Dreamettes.
Com a canção "Cadillac Car" o grupo começa a alcançar algum espaço na mídia, mas são superados pela versão cover da mesma música, cantada por um grupo formado por brancos, o "Dave e as Sweethearts".
Inconformado com a derrota, Curtis Taylor Jr. utiliza todos os seus recursos disponíveis e passa a subornar DJs até praticamente alavancar à força o single seguinte de Jimmy Early e as Dreamettes, "Steppin' to the Bad Side", para o topo das paradas.
Em seguida, Curtis reformula o estilo de Jimmy Thunder Early, repaginando suas vestimentas e trocando o "soul" pelo "cool" e o separa das Dreamettes, que passam a seguir carreira como um grupo próprio. Mas antes disso Curtis troca a liderança das Dreamettes, deixando a voz potente e cheia de nuances de Effie White de lado e passando a prestigiar Deena Jones, mais "vendável" por ser mais magra e ter uma voz mais suave.
Effie White não concorda com a mudança, mas é inicialmente convencida a aceitá-la em nome do bem da "família". Mas a situação torna-se insustentável quando ela começa a se atrasar nos ensaios e a sentir certas dores...
Bastidores: -O filme é uma adaptação de um musical da Broadway que estreou em 1981 dirigido por Michael Bennett. Vencedora de seis prêmios Tony, a peça teve no elenco original Jennifer Holliday, Sheryl Lee Ralph, Loretta Devine, Ben Harney, Cleavant Derricks, Obba Babatunde e Vondie Curtis-Hall.
-Inspirado na história de Diana Ross e as Supremes. Deena Jones seria a representação de Diana Ross; Effie White seria Florence Ballard, a Supreme fundadora que acabou afastada quando começou a ter problemas com alcoolismo; James "Thunder" Early é um misto de Wilson Pickett com James Brown; Curtis Taylor Jr estaria para a Rainbow assim como Berry Gordy Jr. esteve para a Motown.
- Vencedor do Oscar 2007 de MELHOR ATRIZ COADJUVANTE (Jennifer Hudson) e MELHOR DIREÇÃO DE ARTE (John Myhre e Nancy Haigh). Indicado também nas categorias MELHOR ATOR COADJUVANTE (Eddie Murphy), MELHOR FIGURINO (Sharen Davis), MELHOR CANÇÃO ORIGINAL ("Listen", de Henry Krieger, Scott Cutler e Anne Preven; "Love You I Do", de Henry Krieger e Siedah Garrett e "Patience", de Henry Krieger e Willie Reale) e MELHOR MIXAGEM DE SOM (Michael Minkler, Bob Beemer e Willie Burton).
-Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Filme-Comédia/Musical, Melhor Atriz Coadjuvante (Jennifer Hudson) e Melhor Ator Coadjuvante (Eddie Murphy).
Notas da Crítica:
Renato Marafon, Cinepop: 4,5/5
A. Pascoalinho, Premiere: 4/5
Sérgio Nunes, Cinequanon: 4/5

Gabriel Carneiro, Os Intocáveis: 7,5/10
Roberto Sadovski, SET: 7,5/10
Sérgio Rizzo, Folha Ilustrada: 3/4

Alvaro André Zeini Cruz, Meia Entrada: 3,5/5
Henrique Cury, blogspot: 7/10
Emilio Franco Jr., Cineplayers: 7/10

Régis Trigo, Cineplayers: 7/10
Andy Malafaya, Cineplayers: 6,5/10
Kleber Mendonça Filho, Cinemascopio: 2,5/4

Alexandre Koball, Cineplayers: 6/10
David Mariano, Premiere: 3/5
Eduardo Viveiros, Omelete: 3/5
Érico Fuks, Cinequanon: 3/5

José V. Mendes, Premiere: 3/5
Pablo Villaça, Cinema em Cena: 3/5
Rodrigo Carreiro, Cine Reporter: 3/5

Rubens Ewald Filho, Cinema UOL: 3/5
Rui Pedro Tendinha, Premiere: 3/5
Sérgio Alpendre, Paisà: 3/5

Silvio Pilau, Cineplayers: 6/10
Suzana Uchôa Itiberê, SET: 6/10
Tatiane Crescêncio, Cineplayers: 6/10
Diego Coelho, Cinema com Rapadura: 5/10
Alexandre C. dos Santos, Paisà: 2/5
Fábio Yamaji, Cinequanon: 2/5

João Lopes, Premiere: 2/5
Luis Salvado, Premiere: 2/5
Ma. Carmo Piçara, Premiere: 2/5
Rui Brazuna, Premiere: 2/5
Vitor Moura, Premiere: 2/5
Cássio Starling, Folha Ilustrada: 1/4
Daniel Schenker, Tribuna da Imprensa: 1/4
Gilberto Silva Jr., Contracampo: 1/4
Marcus Mello, Revista Teorema: 1/4
Alysson Oliveira, Cineweb: 1/5

Filipe Furtado, Paisà: 1/5
Francisco Guarnieri, Paisà: 1/5
Leonardo Luiz Ferreira, Paisà: 1/5
Tiago Pimentel, Premiere: 1/5
Ruy Gardnier, Contracampo: 0/4

ÍNDICE NC: 5,10/43

TURISTAS
(EUA, 2006)
Direção: John Stockwell .
Roteiro de Michael Ross. Elenco: Josh Duhamel (Alex), Melissa George (Pru), Olivia Wilde (Bea), Desmond Askew (Finn), Beau Garrett (Amy), Max Brown (Liam), Agles Steib (Kiko), Miguel Lunardi (Zamora), Jorge Só (Motorista de ônibus), Lucy Ramos (Arolea), Andréa Leal (Camila), Diego Santiago (Jacaré), Miguelito Acosta (Jamoru).
Sinopse: O filme conta a história de um grupo de jovens norte-americanos que vêm passar as férias no Rio de Janeiro. Eles nadam, namoram, dançam, bebem, enfim, fazem aquilo o que os turistas fazem aqui. Finalmente eles são assaltados. Os bandidos levam tudo. Um brasileiro boa-praça, mulato, os conduz a uma mansão no meio de uma floresta com cachoeiras e macacos.
Acontece que a casa é invadida por uma gangue de traficantes de órgãos. É o começo da tortura.
Notas da Crítica:
Guilherme Martins, Paisà: 2/5
Roberto Sadovski, SET: 4/10
Leonardo Cruz, Folha Ilustrada: 1/4
Pablo Villaça, Cinema em Cena: 1/5
Diego Benevides, Cinema com Rapadura: 1/10
Alysson Oliveira, Cineweb: 0/5

TURMA DA MÔNICA - UMA AVENTURA NO TEMPO
(Brasil, 2006)
Direção: Maurício De Sousa
Roteiro de Maurício de Sousa. Elenco de vozes: Marli Bortoletto (Mônica), Maria Angélica Santos (Cebolinha), Elza Gonçalves (Magali), Paulo Cavalcante (Cascão), Rodrigo Andreatto (Franjinha).
Sinopse: Tudo começa quando Franjinha tem a genial idéia de criar uma Máquina do Tempo. Ele só não contava com a chegada inesperada da turminha, que entra correndo em seu laboratório, causando uma enorme confusão e fazendo com que os quatro elementos fundamentais que controlavam a experiência caíssem dentro do portal do Tempo. Agora, cada um dos nossos amiguinhos tem que viajar no tempo para tentar recuperá-los, caso contrário, os relógios irão parar e o mundo irá, literalmente, congelar no espaço.
Mônica e Bidu são enviados à Idade da Pedra para recuperar o elemento Fogo e acabam descobrindo que ele estava em posse de um suposto Deus pré-histórico que queria sacrificar Thuga, uma mulher das cavernas, num enorme e perigoso vulcão. Com a ajuda do Piteco, Mônica precisa desmascarar o vilão e recuperar o elemento Fogo numa emocionante luta subterrânea.
Cascão volta até o passado e acaba sendo levado à uma aldeia indígena, onde descobre que toda a floresta está seca por causa de um bandeirante ambicioso que está usando o elemento Água para drenar os rios e garimpar a região atrás de pedras preciosas. Os índiozinhos Papa-Capim e Cafuné se unem ao Cascão em uma corajosa investida contra o vilão.
Cebolinha viaja até o futuro para trazer de volta o elemento Ar e de repente se vê envolvido numa fantástica batalha espacial entre o Astronauta e a Rainha dos Piratas, a sedutora Cabeleira Negra, que havia roubado o poderoso elemento para dominar todo o universo.
Magali retorna alguns anos no passado e acaba se metendo numa encrenca com sua própria mãe para descobrir que o elemento Terra estava em poder da Mônica, que na época ainda era só um bebezinho ingênuo, e por isso, acabou criando uma enorme confusão, causando tremores de terra que ameaçavam todos no Bairro do Limoeiro. Conseguirão os nossos pequenos e valentes heróis salvar a inocente Thuga do cruel Deus do Fogo, derrotar o malvado bandeirante, devolver a água para a floresta dos indiozinhos, impedir os planos de dominação da perigosa Cabeleira Negra e realinhar todos os elementos na máquina do Franjinha antes que todo o universo pare no tempo?



Site Oficial: http://umaaventuranotempo.globo.com/

5 comments:

airtonshinto said...

CELSO SABADIN, para o site Cineclick:
"Confesso que fiquei muito desconfiado ao saber que o novo desenho animado da Turma da Mônica havia sido produzido por Diler Trindade. Sem entrar muito no mérito da questão, Diler pode ser um produtor cinematográfico extremamente bem-sucedido comercialmente, mas não é conhecido exatamente pela sua veia artística. Felizmente, minhas desconfianças estavam sem fundamento: A Turma da Mônica - Uma Aventura no Tempo é um desenho que tem tudo para fazer uma bela carreira comercial nos cinemas, sem abrir mão do conteúdo e da qualidade que sempre caracterizaram a obra de Maurício de Sousa. E mais: tecnicamente, trata-se de um dos melhores trabalhos já "protagonizados" por Cebolinha e cia.
Felizmente, a boa técnica de animação utilizada pelo desenho, fazendo uma eficiente mistura de 2D e 3D, é apenas uma das qualidades do filme. Contrariamente ao que tem acontecido com a maioria dos recentes longas de animação, aqui o roteiro tem um tratamento especial. A história - escrita a seis mãos por Didi Oliveira, Emerson Bernardo de Abreu e Flávio de Souza - é envolvente e divertida, misturando logo de cara dois dos maiores motes do universo de Maurício: um plano infalível do Cebolinha e uma invenção fantástica do Franjinha.
Fugindo da Mônica, Cascão e Cebolinha buscam refúgio no laboratório de Franjinha, que está prestes a inventar uma poderosa Máquina do Tempo. Mas a confusão da garotada faz com que os quatro elementos da natureza - água, fogo, terra e ar - que haviam sido cuidadosamente isolados pelo inventor-mirim, se percam em diferentes tempos da história da Humanidade. Agora, eles terão de viajar pelo tempo e pelo espaço para recuperar os elementos perdidos, tentando assim evitar que o planeta inteiro se congele. Mônica e Bidu são enviados à Idade da Pedra, Cascão volta à uma aldeia indígena na época dos Bandeirantes, Cebolinha viaja até o futuro, Magali retorna alguns anos no passado e acaba encontrando a si mesma, ainda bebê. Ou seja, o roteiro não subestima a inteligência das crianças. E ainda passa, sem didatismos rasos, belas mensagens de companheirismo, trabalho em equipe e amizade.
Tudo isso, claro, sem perder o fundamental e indispensável bom humor, sempre presente nos diálogos espertos e afiados. Todo este belo trabalho de forma e conteúdo é complementado e enriquecido por uma dublagem irrepreensível, a cargo de Marli Borboletto (Mônica), Angélica Santos (Cebolinha), Paulo Cavalcante (Cascão, hilariante), Elza Gonçalves (Magali), Sibele Toledo (Franjinha), com participação especial da atriz Bianca Rinaldi dublando a vilã Cabeleira Negra. E a exemplo do que Walt Disney sempre fazia com seu personagem Mickey, o próprio Maurício de Sousa dubla o cachorrinho Bidu.
O filme rompe as barreiras do tempo não só na tela como também na platéia, na qual várias gerações de fãs da obra de Maurício de Sousa se unem para rir dos "velhos" personagens - já quarentões - que nos fazem voltar à infância com suas divertidas aventuras. A Turma da Mônica - Uma Aventura no Tempo é, sem dúvida, um filme "do bem

airtonshinto said...

ALYSSON OLIVEIRA, do site Cineweb:
"Mônica, Cebolinha, Magali, Cascão e Franjinha, os famosos personagens dos quadrinhos, estão de volta às telas do cinema. O novo filme traz a turminha de amigos envolvidos numa viagem no tempo, graças a uma máquina construída por Franjinha. Com a direção do próprio criador dos personagens, Maurício de Souza, o roteiro é assinado por Didi Oliveira, Emerson Bernardo de Abreu e Flávio de Souza.
Tudo começa quando a turma invade o laboratório onde Franjinha construía sua máquina e acaba jogando fora os quatro elementos fundamentais da natureza – água, ar, fogo e terra -, que controlavam a experiência dentro da geringonça. Agora, se eles não forem recuperados, o tempo vai parar no mundo inteiro.
Para trazê-los de volta, entra em ação a turma da Mônica. Ela e o cachorro Bidu vão para a Idade da Pedra, onde devem recuperar o elemento fogo. No mundo pré-histórico, descobrem uma tribo na qual um deus quer oferecer uma mulher em sacrifício a um vulcão.
Ironicamente, quem vai recuperar a água será Cascão, que é mandado para o Brasil do período colonial. A floresta onde mora uma tribo está morrendo porque um bandeirante está drenando os rios da região em busca de pedras preciosas. O personagem mais sujo da turma vai contar com a ajuda de dois curumins para resgatar a água e salvar a aldeia.
Quem vai para o futuro é Cebolinha, que acaba se envolvendo numa batalha galáctica tentando recuperar o ar. O elemento fora roubado pela Rainha dos Piratas, que pretende dominar o universo. Porém, quem terá a maior surpresa é Magali, que viaja a um passado recente e descobre que o elemento terra está em poder de Mônica, que ainda é apenas um bebê. Isso acabou causando terremotos que ameaçavam a toda vizinhança.
Criada na década de 70, a Turma da Mônica já vendeu mais de 1 milhão de revistas em todo país. Nos cinemas, eles chegaram nos anos 80, com As Aventuras da Turma da Mônica (82), seguido de A Princesa e o Robô (83). O filme mais recente é Cine Gibi – Turma da Mônica (04).
Embora baseado nos famosos personagens dos quadrinhos, Turma da Mônica – Uma Aventura no Tempo busca uma linguagem de cinema e permite mais complexidade aos personagens. "

airtonshinto said...

CLINTON DAVISSON FIALHO, Cinéfilo, para o site Cinema em Cena:
"No bairro do Limoeiro em São Paulo, Mônica e Magali preparam um piquenique enquanto Cascão e Cebolinha tramam mais um plano infalível para seqüestrar o coelhinho de pelúcia Sansão e assim “delotar” a Mônica. Claro que o plano infalível dá errado e termina com seus autores sendo perseguidos e levando coelhadas na cabeça. Só que, desta vez, a perseguição vai parar no laboratório do Franjinha que acabara de inventar uma máquina do tempo usando a energia de quatro elementos fundamentais: fogo, terra, água e ar. O resultado é que os elementos caem dentro do portal do tempo. Agora, a turminha precisa viajar por várias eras para tentar recuperá-los, caso contrário, os relógios irão parar e o mundo irá, literalmente, congelar no espaço.
Com essa premissa, o chargista Maurício de Sousa retoma, depois de mais de vinte anos, à empreitada de tentar repetir no cinema, o sucesso estrondoso que seus quadrinhos fazem nas bancas de revistas do Brasil e do mundo. Além disso, Maurício não esconde que está mirando no mercado internacional. Fica então a dúvida: terá uma animação nacional condições de concorrer com as elaboradas e computadorizadas produções hollywoodianas?
Não sei do público internacional, mas fiquei com a impressão de que o filme deve agradar a platéia brasileira, já que conta com um roteiro que, apesar de excessivamente esquemático, faz a inteligente opção de explorar os famosos personagens e suas características marcantes. Assim, cabe a Cascão (que morre de medo de tomar banho) a missão de procurar o elemento ÁGUA na Floresta Amazônica o que o leva a encontrar o índio Papa Capim, um personagem “secundário” bem popular dos quadrinhos. Juntos eles terão que enfrentar um terrível lenhador que parece um parente do Brutus, o inimigo do Popeye.
Cebolinha por sua vez, volta para o espaço, lugar que já havia visitado no divertidíssimo episódio O Império Empacota, de As Aventuras da Turma da Mônica, de 1982. Desta vez, ele encontra o Astronauta que vai ajudá-lo a recuperar o elemento AR da vilã Cabeleira Negra (descendente do pirata Barba Negra) que usa uma armadilha peculiar proporcionando um dos momentos mais engraçados do filme: Cebolinha, que fala trocando o “R” pelo “L”, precisa pronunciar o nome da vilã de maneira colleta, digo, correta!
Magali volta ao bairro do Limoeiro no passado encontrando a turma e a si mesma ainda nenéns e, com eles, o elemento TERRA. Finalmente, Mônica e o cãozinho Bidu vão para a pré-história encontrar o elemento FOGO. Para isso contarão com a ajuda do Piteco e de sua eterna namorada Tuga.
As aventuras vão acontecendo simultaneamente em tramas paralelas e Cascão e Cebolinha ganham as melhores histórias. Paralelamente, Franjinha vai acompanhando em uma tela de vídeo, o tempo ser congelado ameaçadoramente em diversos locais da história. Um artifício interessante encontrado pelo roteiro para mostrar, ainda que brevemente, outros personagens do universo criado por Maurício de Sousa como o Chico Bento e o Rolo.
Na animação, que conta com alguns elementos em 3d, o maior destaque vai para os cenários muito criativos e detalhados (note a foto de Santos Dumont pendurada na parede do laboratório do Franjinha). Para quem está acostumado com agilidade da animação norte-americana, há uma certa estranheza. Confesso que fiquei com a impressão de que havia falta de ritmo e entrosamento entre os desenhistas. Essa impressão fica ainda mais forte em contraste com a ótima animação secundária que mostra o plano “infalível” do Cebolinha desenhado em um papel. Mas nada que comprometa o resultado final.
Enfim, o novo filme da Turma da Mônica é um presente para os fãs dos personagens mais famosos dos quadrinhos brasileiros e nos faz ficar torcendo para que haja um próximo longa e que este não demore mais tanto tempo para chegar ao cinema. "

airtonshinto said...

FÁBIO YABU, para o site Omelete:
""Animação no Brasil é muito difícil", é o discurso recorrente do setor. Apesar de ter seu fundo de verdade, o mantra tem sido superado aos poucos. No último mês, em São Paulo, foi realizado um evento com 34 produtoras do Canadá (um dos maiores pólos de animação do mundo), que vieram se reunir com empresas brasileiras para garimpar idéias de novos programas. Com muita dedicação e às vezes uma ajuda em dólares, a produção nacional tem crescido a olhos vistos e chamado a atenção do mundo inteiro.
Uma aventura no tempo (2007), estrelada pela Turma da Mônica é mais uma prova do amadurecimento do setor. A nova produção supera o calcanhar de aquiles das animações recentes da turma, o roteiro, e alia uma história esperta a uma excelente animação. O resultado é um filme que não deve nada aos clássicos dos anos 80, período áureo da Mauricio de Sousa Produções, como A Princesa e o Robô (1983) e A estrelinha mágica (1988).
Como não podia deixar de ser, a história começa com Cebolinha (Angélica Santos) contando seu novo plano infalível para o Cascão (Paulo Cavalcante). Após deixar a Mônica (Marli Bortoletto) furiosa, eles acabam causando um acidente no laboratório do Franjinha (Sibele Toledo), que estava trabalhando numa máquina do tempo. O acidente coloca o mundo em risco e, para salvá-lo, cada personagem deve viajar a um lugar e período da história em busca dos quatro elementos. Mônica vai até a pré-história em busca do Fogo, Cebolinha para o futuro em busca do Ar, Magali (Elza Gonçalves) visita os tempos em que era um bebê atrás da Terra e Cascão, logo ele, precisa buscar a Água no tempo dos Bandeirantes.
É aí que a verdadeira diversão começa. Qualquer fã dos gibis da Mônica já sonhou com um encontro da turma com personagens do segundo escalão da Mauricio de Sousa Produções como Horácio, Piteco, Astronauta e Papa-Capim. A máquina do tempo torna esses improváveis encontros uma realidade, e nos presenteia com cenas hilárias como os diálogos entre o Cebolinha e o Astronauta. Também dão o ar da graça o Chico Bento, Rolo e os novatos, Luca e Dorinha.
Para apresentar tantas situações e personagens, a trama exige um pouco mais das crianças menores, mas em compensação deve satisfazer e muito as mais velhas. A caracterização dos personagens é um dos pontos fortes. Cebolinha é de longe o melhor do filme. O "careca" (como é chamado pelo Cascão) está mais perverso do que nunca, com segundas intenções em praticamente todas as suas falas. Já o pavor de água do Cascão não só rende boas risadas mas também o torna o personagem mais humano e realista da turma. Ele sente medo o tempo todo, tenta fugir da raia várias vezes e sempre se deixa levar pela influência do seu amigo que fala "elado".
O filme tem lá seus defeitos, mas nada que deva incomodar os fãs da turma. Alguns cenários são tão coloridos e detalhados que acabam chamando mais atenção do que deveriam, ofuscando os astros principais. A história também tem alguns problemas de ritmo, já que a Mônica acaba aparecendo muito mais que todos os outros personagens. Não que nós esperássemos algo diferente da "dona da lua" nesse retorno triunfal aos cinemas."

Anonymous said...

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