Friday, March 16, 2007

Estréias de 20 de abril de 2007

VERMELHO COMO O CÈU
(Rosso come il Cielo, Itália, 2006)
Direção: Cristiano Bortone
Roteiro de Paolo Sassanelli, Cristiano Bortone e Monica Zapelli. Elenco: Francesco Campobasso (Davide), Luca Capriotti (Mirco), Simone Colombari (Padre), Marco Cocci (Ettore), Andrea Gussoni (Valerio), Patrizia La Fonte (Suor Santa), Paolo Sassanelli (Don Giulio).
Sinopse: Verão de 1970. Pontedera, perto de Pisa, na Itália. Mirco Balleri (Luca Capriotti) é um garoto toscano de 10 anos que gosta de brincar com os amigos de cabra-cega e de bolinha de gude, de consertar objetos quebrados (que ele mesmo quebra) e principalmente de ir ao cinema com o pai assistir a faroestes e comédias. O cinema é a paixão de Mirco.
Certo dia, Mirco sobe num caixote sobre uma cadeira para observar a espingarda do pai presa no alto de uma parede de sua casa. O menino escorrega, cai, a arma dispara e Mirco é levado para o hospital com ferimentos nos olhos. Pouco tempo depois, vem a notícia: ele está cego.
Mirco é obrigado por lei a transferir-se de escola, sendo impedido de continuar estudando num colégio normal e acaba indo para um Internato de Cegos em Gênova, o tradicional Instituto Cassoni, onde passará a ser educado com a expectativa de aprender braile e tornar-se um tecelão ou telefonista.
Com a ajuda de Francesca, a filha da arrumadeira do Internato, certo apoio do professor Giulio e o auxílio de um gravador/toca-fitas, mas contra o desejo do diretor do Instituto, o padre Achille, Mirco passa a explorar possibilidades alternativas de exercitar sua criatividade e seu modo de captar o que o mundo oferece aos seus sentidos e de expressar-se artisticamente. As descobertas de Mirco logo despertam o entusiasmo dos outros alunos do Internato, levando a eles uma sensação de liberdade que muitos nunca tinham sentido antes. Os métodos tradicionais da escola e sua existência como um local de segregação social são questionados e tudo culminará na apresentação dos alunos no final do ano letivo.



Site Oficial: http://www.rossocomeilcielo.it/




A COLHEITA DO MAL
(The Reaping, EUA, 2007)
Terror
Direção: Stephen Hopkins
Elenco: Hilary Swank (Katherine Winter), Annasophia Robb (Loren), David Morrissey (Doug), Idris Elba (Ben), Samuel Garland (William Wakeman)
Sinopse: Katherine Winter é a missionária católica que perde a fé após a trágica morte de sua família, tornando-se a partir disso uma expert em refutar fenômenos religiosos. Mas investigando o que dizem ser uma sucessão de pragas bíblicas em pequena cidade em Louisiana, ela percebe que a ciência não explica os acontecimentos e novamente recorre à fé para combater as forças das trevas.
Notas da Crítica:
Viviane França, Cinepop: 3,5/5
Diego Benevides, Cinema com Rapadura: 6/10
Arianne Brogini, Sexy: 5/10
Kleber Mendonça Filho, Cinemascopio: 2/4
André Gordirro, SET: 4/10
Rodrigo Zavala, Cineweb: 2/5
Alex Xavier, Guia do Estadão: 3/10
Odair Braz Jr, Heroi: 3/10
Cid Nader, Paisà: 1/5
Christian Petermann, Guia da Folha: 2/10
Miguel Barbieri, Veja SP: 2/10
Pablo Villaça, Cinema em Cena: 2/10
Tobey, The Bridge: 0/5

INFERNO
(L' Enfer, França/Bélgica/ Itália/ Japão, 2005)
Direção: Danis Tanovic
Elenco: Emmanuelle Béart, Karin Viard, Carole Bouquet.
Sinopse: Três irmãs, Sophie, Anne e Céline, vivem separadas há anos. Um dia, um estranho começa a procurar cada uma delas, insistindo numa retomada de contato com toda a família. Ele é a chave de um segredo que destruiu a vida dos pais delas.
Notas da Crítica:
Neusa Barbosa, Cineweb: 4/5
Sergio Nunes, Cinequanon: 4/5
Roberto Pujol, SET: 7,5/10
Sergio Rizzo, Guia da Folha: 3/4
Suzana Amaral, Guia da Folha: 3/4
Angela Andrade, Cinequanon: 3/5
Christian Petermann, Guia da Folha: 2/4
Marina Person, Guia da Folha: 2/4
Pedro Butcher, Folha Ilustrada: 2/4
Leonardo Mecchi, Cinequanon: 2/5
Daniel Schenker, Contracampo: 1/4
Cid Nader, Cinequanon: 1/5
Sérgio Alpendre, Paisà: 1/5
Gilberto Silva Jr., Contracampo: 0/4

HANNIBAL - A ORIGEM DO MAL
(Hannibal Rising, EUA, 2007)
(França/ Inglaterra/ EUA, 2007)
Suspense/ Drama.
Direção: Peter Webber .
Roteiro de Thomas Harris baseado em seu próprio livro. Produzido por Dino De Laurentiis, Martha De Laurentiis, Tarak Ben Ammar, Chris Curling, Phil Robertson, Petr Moravec para a Dino de Laurentiis Corporation, Zephyr Films, Etic Films. Elenco: Gaspard Ulliel (Hannibal Lecter); Gong Li (Lady Murasaki); Rhys Ifans; Richard Brake; Kevin McKidd.
Sinopse: A história começa no Leste da Europa, ao final da terrível Segunda Guerra Mundial. Para muitos, a situação não significava apenas um conflito entre nações, mas sim uma questão de sobrevivência a qualquer custo. O jovem Hannibal assiste de perto à morte violenta de seus pais, que deixam a sua amada irmã mais nova aos seus cuidados. Este momento de terror logo desaparece, comparado às atrocidades que ele é forçado a presenciar e, talvez, por meio das quais continue vivendo. Sozinho e sem apoio de ninguém, ele é obrigado a morar em um orfanato soviético que anteriormente fora o lar da sua amada família. Lecter foge para Paris em uma tentativa de encontrar o seu tio, mas é recebido pela sua viúva, a bela e misteriosa japonesa Senhora Murasaki (Gong Li). Nem mesmo o carinho e o amor que ela lhe dá são suficientes para aliviar os pesadelos e o sofrimento que o atormentam. Demonstrando sua perspicaz aptidão científica, ele vai estudar Medicina, que acaba contribuindo para aumentar as suas habilidades, fornecendo-lhe as ferramentas para exercer a justiça contra os criminosos de guerra que constantemente o perseguem. Essa saga despertará um desejo insaciável nesse serial killer não-nato, e sim criado.
Notas da Crítica:
Celso Sabadin, Cineclick: 8/10
Thiago Sampaio, Cinema com Rapadura: 7/10
João Lopes, Premiere: 3/5
Luis Salvado, Premiere: 3/5
Odair Braz Jr., Herói: 6/10
Raphael Santos, Cinema com Rapadura: 5/10
Rodrigo Salem, SET: 5/10
Pablo Villaça, Cinema em Cena: 4,5/10
A. Pascoalinho, Premiere: 2/5
Arianne Brogini, Sexy: 4/10
Tiago Pimentel, Premiere: 2/5
Vitor Moura, Premiere: 2/5
Christian Petermann, Guia da Folha: 3,5/10
Alysson Oliveira, Cineweb: 1/5
Francisco Ferreira, Premiere: 1/5
Sandro Macedo, Guia da Folha: 1/10
Tobey, The Bridge: 0/5

BATISMO DE SANGUE
(Brasil/ França, 2007)
Drama - 110 min.
Direção: Helvécio Ratton
Roteiro de Dani Patarra e Helvécio Ratton, baseado no livro "Batismo de Sangue", de Frei Betto. Elenco: Caio Blat (Frei Tito), Daniel de Oliveira (Frei Betto), Cássio Gabus Mendes (Delegado Fleury), Ângelo Antônio (Frei Oswaldo Rezende),Léo Quintão (Frei Fernando de Brito), Odilon Esteves (Frei Ivo Lesbaupin), Marcélia Cartaxo (Nildes, irmã de Tito), Marku Ribas (Carlos Marighella), Murilo Grossi (Policial Raul Careca), Renato Parara (Policial Pudim), Jorge Emil (Prior dos dominicanos).
Sinopse: A sequência inicial do filme mostra o suicídio do frei Tito de Alencar Lima, em 1974, aos 28 anos. Desde que foi submetido à 3 dias de torturas pelos oficiais da ditadura militar não conseguia mais livrar-se das vozes de seus torturadores e das cenas terríveis que presenciou.
São Paulo, 1968. O convento dos frades dominicanos torna-se um posto de apoio logístico da resistência à ditadura militar que governa o Brasil. Movidos por ideais cristãos de fraternidade e defesa dos oprimidos, os freis Tito (estudante de filosofia), Betto (jornalista), Oswaldo, Fernando e Ivo passam a apoiar o grupo guerrilheiro ALN (Ação Libertadora Nacional), comandado por Carlos Marighella, codinome Professor Menezes. Os dominicanos também tentam ajudar a organizar um Congresso de Líderes Estudantis em um Sítio em Ibiúna, mas o evento acaba sendo descoberto. A pressão da "Segurança Nacional" sobre os frades aumenta cada vez mais e Oswaldo acaba indo para a França e Betto para São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, de onde ajudaria alguns militantes a atravessarem a fronteira para fora do país. Após o sequestro de um embaixador americano, a repressão torna-se ainda mais violenta e um a um, os frades vão caindo, sendo levados para o recém-criado DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) e submetidos às mais cruéis torturas (incluindo pau-de-arara e eletrochoques) sob a vigilância sádica do delegado Sérgio Paranhos Fleury, "o Papa". Considerados terroristas e desamparados com a morte de Marighella (em 4 de novembro de 1969), Tito, Betto, Fernando e Ivo irão se reencontrar numa cadeia onde rezarão uma missa lembrando das "Bem-Aventuranças" e celebrarão a Santa Ceia com Q-Suco de Uva e Bolacha Maria.
Notas da Crítica:
Gilvan Marçal, Blogspot Cine Sequência: 5/5
Pablo Villaça, Cinema em Cena: 9/10
Thiago Siqueira, Cinema com Rapadura: 9/10
Sérgio Rizzo, Guia da Folha: 3/4
Suzana Amaral, Guia da Folha: 3/4
Alex Xavier, Guia do Estadão: 7/10
Celso Sabadin, Cineclick: 7/10
Alessandro Giannini, SET: 6/10
Christian Petermann, Guia da Folha: 6/10
Neusa Barbosa, Cineweb: 3/5
Kleber Mendonça Filho, Cinemascopio: 2,5/4
Christian Petermann, Guia da Folha: 2/4
Marianne Morisawa, Isto É Gente: 5/10
Miguel Barbieri, Veja SP: 5/10
Pedro Butcher, Folha Ilustrada: 2/4
Inácio Araujo, Guia da Folha: 2/4
Gabriel Carneiro, Os Intocáveis: 4/10
Marcelo Forlani, Omelete: 2/5
Rodrigo Campanella, Pílula Pop: 40/100
Marcelo Miranda, Paisà: 1/5
Rodrigo de Oliveira, Contracampo: 0/4
Ruy Gardnier, Contracampo: 0/4
Tobey, The Bridge: 0/5

MOTOQUEIROS SELVAGENS
(Wild Hogs, EUA, 2007)
Comédia - 99 min.
Direção: Walt Becker
Elenco: Tim Allen (Doug Madsen), John Travolta (Woody Stevens), Martin Lawrence (Bobby Davis), William H. Macy (Dudley Frank), Ray Liotta (Jack), Marisa Tomei (Maggie), Kevin Durand (Red), M.C. Gainey (Murdock), Jill Hennessy (Kelly Madsen), Dominic Janes (Billy Madsen), Tichina Arnold (Karen Davis), Stephen Tobolowsky (Charley), Jason Sklar (Earl Dooble), Randy Sklar (Buck Dooble), Drew Sidora (Haley Davis), Cymfenee (Claire Davis), Margaret Travolta (Dana), Victor Izay (Sr. Putnam), Peter Fonda (Damien Blade).
Sinopse: Doug Madsen (Tim Allen) é um dentista com complexo de inferioridade tão grande que sempre se apresenta como médico. Woody Stevens (John Travolta) é um executivo rico e carismático que parece ser um grande vencedor, mas sofre com seus problemas pessoais. Bobby Davis (Martin Lawrence) é um encanador desempregado dominado pela mulher, que decidiu ficar sem trabalhar por um ano para tentar, sem sucesso, tornar-se um escritor. Dudley Frank (William H. Macy) é um solteirão que é também um gênio da informática, tendo o incrível dom de se meter em situações constrangedores. Cada um leva sua vida durante a semana, mas nos fins de semana eles se reúnem para andar de moto. O grupo decide agitar suas vidas monótonas com a realização de uma viagem de moto, sem destino definido. Eles conseguem tirar uma folga de seus trabalhos e se preparam para a viagem, sendo que ao iniciá-la não têm a menor idéia do que está por vir. Com o tempo eles começam a dividir segredos, até que precisam enfrentar uma gangue de motoqueiros, chamada Del Fuegos.
Notas da Crítica:
Kleber Mendonça Filho, Cinemascopio: 2,5/4
Viviane França, Cinepo: 3/5
Diego Benevides, Cinema com Rapadura: 3/10
Tetê Ribeiro, SET: 3/10
Andy Malafaya, Cineplayers: 2/10


A ÚLTIMA CARTADA
(Smokin' Aces, Reino Unido/ França/ EUA, 2006)
Ação - 108 min.
Direção: Joe Carnahan
Roteiro de Joe Carnahan. Elenco: Jeremy Piven (Buddy "Aces" Israel), Ben Affleck (Jack Dupree), Jason Baterman, Kevin Durand (Jeeves Tremor), Andy Garcia (Stanley Locke) .
Sinopse: Agente do FBI (Reynolds) sai à procura de um comediante que se apresenta nos cassinos de Las Vegas e decidiu testemunhar contra a máfia. Mas antes de receber toda a proteção da polícia, inclusive a de mudar de identidade, o artista se arrisca numa viagem a Lake Tahoe para uma última e grandiosa apresentação. Ocorre que sua presença no palco atrai uma legião de assassinos mafiosos.
Notas da Crítica:
Ricardo Matsumoto, SET: 5/10
Rodrigo Salem, SET: 4,5/10
Alysson Oliveira, Cineweb: 0/5
Francisco Guarnieri, Paisà: 0/5


OSCAR NIEMEYER - A VIDA É UM SOPRO
(Brasil, 2007)
Direção: Fabiano Maciel
Sinopse: Documentário sobre a vida e a obra do maior dos arquitetos modernos brasileiros, Oscar Niemeyer. O arquiteto conta de maneira descontraída como foram concebidos seus principais projetos, entre eles Brasília, a sede do Partido Comunista Francês e da Editora Mondadori, em Milão. Fala também de política, de amigos, das mulheres e do Brasil. Faz ainda uma apaixonada defesa da invenção e da criatividade, o que o arquiteto considera vital nesses tempos em que o Brasil resolveu copiar Miami. Filmado em seis cidades do Brasil, além da França, Itália, Argélia e Estados Unidos, o filme conta também com inéditas e raríssimas imagens de arquivo. Há depoimentos, entre outros, de José Saramago, Eric Hobsbawn, Eduardo Galeano, Nelson Pereira dos Santos, Ferreira Gullar, Mario Soares, Carlos Heitor Cony e Chico Buarque.

LUA CAMBARÁ- NAS ESCADARIAS DO PALÁCIO
(Brasil, 2003)
Direção: Rosemberg Cariry.
Elenco: Dira Paes, Chico Diaz, Claudio Jaborondy, Nelson Xavier, Via Negromonte, Toni Silva, W. J. Solha, B. de Paiva, Joca Andrade, Antônio Urano, Douglas Machado, Márcio Jacques, Maíra Cariry, Pedro Gonçalves, Roberto Silva, Soraia Matre, Sofia Xavier, Muriel Racine.
Sinopse: Este drama tem como base uma lenda nordestina. No sertão do Ceará do final do século XIX, um rico coronel estupra uma escrava negra, que acaba engravidando. A criança, uma menina, nasce numa noite de lua cheia, por isso ganha o nome de Lua.

SAMBANDO NAS BRASAS, MORÔ?
(Brasil, 2007)
Direção: Elizeu Ewald
Elenco: Marcello Novaes (Pedro), Tracy Segal (Arlete), Clemente Viscaino (Carlos), Isabel Guerón (Almira), Mara Manzan (Dona Nair), Cosme dos Santos (Rosa Branca), Chico Expedito (Seu Tibúrcio), Alexandre Zachia (Acosta), Juliana Guimarães (Marilda), Luiz Washington (Gervásio), Armê Rodrigues (Terezinha), Ângelo Paes Leme (Narrador), Armando Nogueira, Nélson Pereira dos Santos, Paulo Moura, Carlos Heitor Cony, Aderbal Freire Filho, José Louzeiro, Hermínio Bello de Carvalho, Joaquim Ferreira dos Santos, Carmen Verônica, Jairo Severiano, Durval Ferreira, Osmar Frazão, Geraldo José, Gerdal dos Santos, Zé Ventura, Flávio Limoncic.
Sinopse: Pedro (Marcello Novaes) é um músico que sonha entrar no mercado do Rio de Janeiro, em plenos anos 50. Com a ajuda de seu irmão Carlos (Clemente Viscaino), Pedro deixa Belo Horizonte para com ele dividir o mesmo teto em um distante subúrbio do na época Distrito Federal. Já no Rio, numa de suas apresentações, Pedro conhece Arlete (Tracy Segal), que integra um conjunto vocal. Logo eles se apaixonam. Neste mesma época o atentado a Carlos Lacerda tumultua o ambiente político do país, fazendo com que as Forças Armadas queiram a renúncia do presidente Getúlio Vargas.
Notas da Crítica:
Alfredo Sternhein, SET: 5,5/10
Alysson Oliveira, Cineweb: 2/5
Daniel Schenker, Contracampo: 1/4
Gilberto Silva Jr., Contracampo: 0/4

NOIVAS
(Nyfes/Brides, Grécia, 2004)
Direção: Pantelis Voulgaris
Elenco: Damian Lewis, Victoria Haralabidou, Andréa Ferréol, Evi Saoulidou, Dimitri Katalifos, Irini Iglesi, Evelina Papoulia, Steven Berkoff.
Sinopse: Niki Douka (Victoria Haralabidou) é uma jovem costureira grega que é mandada para os EUA, onde se casará com um homem escolhido por seu pai. No navio, rumo à América conhece outras moças que vivem o mesmo drama. Porém, acaba se apaixonando por um fotógrafo inglês (Damian Lewis), o que pode mudar o seu destino.
Notas da Crítica:
Alfredo Sternhein, SET: 7,5/10
Alysson Oliveira, Cineweb: 2/5

7 comments:

airtonshinto said...

SÉRGIO ALPENDRE, da Revista Paisà:
"Um menino sofre um acidente que o torna praticamente cego. Ele é mandado para uma escola especial para meninos com deficiência visual, e lá tenta superar o trauma. Em linhas simples, Bortone nos entrega o melodrama, sem muitas invencionices ou firulas. Vemos na tela o drama do menino e a maneira de sobreviver, via criatividade e imaginação. O sonho como um escape. Há duas metáforas que se insinuam sem tomar de assalto o filme, o que as torna mais forte, pois é percebida aos poucos, conforme nos envolvemos com a história. Uma delas diz respeito aos borrões que o menino passa a ver, que se confundem com uma imagem de cinema fora de foco. O diretor cria belas cenas com essa metáfora, em especial a que mostra o menino olhando pela janela, mas não enxerga que seus pais acenam para ele, se despedindo como borrões em sua retina. A câmera vai fechando na visão da janela, que não é a visão subjetiva do menino, mas acompanha a capacidade visual dele e só nos mostra borrões. Há o contracampo dos pais, claro, porque o espectador precisava ter certeza de que eles estavam ali, mas essa preocupação didática não estraga a beleza da cena, pelo contrário, apenas acentua a sutileza da composição visual do filme, que se utiliza, durante toda sua primeira hora, da imagem desfocada de fundo, provocando borrões brilhantes de imensa beleza, circundando os personagens que interagem com o menino. Outra metáfora se dá conforme percebemos que o universo de imagens que o menino carrega dentro de si equivale ao universo de imagens que o cinema pode nos dar. O sonho tornado real nas imagens de cinema se equivalem à imaginação do menino que se torna real porque ele as vivencia. É bem verdade que ele enxergava perfeitamente antes do acidente, então tem a memória como forte aliada de sua imaginação. Mesmo assim, é de se destacar a habilidade de Bortone em inserir essa metáfora com tal leveza que mal nos damos conta dela. Na segunda parte do filme, é adotada também uma postura mais edificante, mais reducionista, mas a mão de Bertone consegue evitar que se descambe para o sentimentalismo, para o piegas, principalmente porque evita a chantagem emocional. Acompanhamos reações emocionadas com uma trilha sonora discreta, que não força a empatia. Sentimos com os personagens na mesma medida que eles, conforme nos identificamos com o trauma do protagonista. Sim, todos nós podemos imaginar o que é perder a visão de uma hora pra outra, logo, é natural que esse sentimento passe por nós em alguns momentos. O que Bortone faz é deixar que esses sentimentos não nos peguem à força, mas se instalem naturalmente. Assim, o filme flui agradável como uma brisa de primavera."

airtonshinto said...

LUIZ ZANIN, do blog do Estadão:
"Ah, essas histórias de superação (verídicas, ainda por cima) sempre cheiram a pieguice. Por sorte, não é o caso. Vermelho como o Céu, de Cristiano Bortone, evita qualquer apelação lacrimogênea e o resultado é que, por isso mesmo, alcança, em sua simplicidade e sinceridade, aquilo que se pode chamar de uma emoção verdadeira. Isto é, não resultante de recursos apelativos.
Dessa maneira o filme foi reconhecido ao ser eleito o melhor entre os estrangeiros pelos freqüentadores da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo no ano passado. Passou pelo crivo do público exigente porque sabe dosar seus elementos dramáticos com senso de economia e trata seu personagem principal de maneira amorosa, porém sem complacência.
Quem é esse personagem? O garoto Mirco (Luca Capriotti), que tem uma infância como qualquer outra na Toscana dos anos 70. Família remediada, pai de esquerda, Mirco brinca com os amigos, vai com eles ao cinema, vive numa daquelas encantadoras cidades pequenas da Itália. Até o dia em que se fere brincando com uma arma de fogo e passa a ter a visão deficiente. Entra aí na história um dado tão cruel como interessante - na Itália daquela época, as crianças portadoras de deficiência visual eram obrigadas a estudar em escolas especialmente destinadas a elas, o que equivale a dizer que eram segregadas. É o destino de Mirco, que será transferido para um colégio para cegos em Gênova.
A idéia central de Bortone é destacar como o desenvolvimento da imaginação pode funcionar como remédio para uma possível limitação. Os meninos vivem uma infância que poderia ser normal: brincam, brigam, competem, aprendem e, quando chega a idade, se interessam pelo sexo. Poderia ser assim mesmo não fosse o pensamento derrotista do diretor que, cego ele próprio, já os coloca como inferiorizados diante da vida. O resto é uma bonita história de superação - e também de transgressão - que o espectador deverá conhecer por si mesmo.
Basta acrescentar que esse filme bastante singelo não precisa flertar com o lugar-comum para reafirmar que o ser humano é bastante plástico e sabe se adaptar mesmo às piores contingências. Basta que tenha alguma assistência e goze da confiança do próximo. Humano para o outro e através do outro, é o que este belo filme reafirma. Vermelho como o Céu entra na linhagem do cinema humanista contemporâneo, parente próximo do igualmente tocante As Chaves de Casa, de Gianni Amelio."

airtonshinto said...

ÉRICO BORGO, do site Omelete:
"Não é difícil entender o porquê da seleção de Vermelho Como o Céu (Rosso Come Il Cielo, 2005) como o melhor filme de ficção na 30ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo no voto do público. O longa reúne elementos de fácil apelo, já bastante testados e aprovados pelo público, de enorme aceitação. Trata-se de um drama de superação baseado em fatos. E com crianças. E sobre cinema! É a trifeta do sucesso-família.
Isso não significa, porém, que se trata de um filme a ser execrado ou evitado. Pelo contrário. Os tais elementos, reunidos pela mão habilidosa do cineasta Cristiano Bortone, tornaram-se matéria-prima para uma obra sensível e com potencial para ser bastante lembrada e querida.
O diretor conheceu Mirco Mencacci, personagem principal da história, quando eles trabalharam juntos em Sou Positivo (Sono Positivo), longa que o cineasta lançou em 2000. Mencacci é cego desde a infância e atualmente um dos editores de som mais respeitados da indústria cinematográfica italiana. Ao saber da história de vida do profissional, deve ter parecido um desperdício a Bortone não realizar Vermelho Como o Céu. É praticamente um filme pronto.
Depois de um acidente no início da década de 1970, o toscano Mirco (vivido com intensidade por Luca Capriotti), aos oito anos, começou a perder gradualmente a visão. Além das brincadeiras infantis, as maiores perdas imediatas foram o cinema - que o garoto adorava - e a escola, já que o governo italiano na época não permitia que deficientes visuais dividissem as aulas com alunos "normais". Assim, ele é enviado a um tradicional instituto para meninos cegos em Gênova. E é lá, em meio à repressão da visão retrógrada sobre sua condição, que ele descobre sua vocação.
A história tem lá seus excessos (a manifestação parece um tanto atropelada, sem desenvolvimento), previsibilidades (o final é anunciado 10 minutos antes de acontecer) e personagens falhos (o diretor do instituto principalmente), mas no geral é mesmo cativante. O elenco de meninos - em sua maioria deficientes - é encantador. Simone Gullì, que vive o bonachão Felice, é um achado, bem como o protagonista, Capriotti.
E como não poderia deixar de ser, a edição de som - que curiosamente não tem a participação de Mirco Mencacci - é primorosa. As cenas de exploração sonora são excelentes e poéticas, captadas com tecnologia de ponta e cristalinas. Em determinados momentos, dá até vontade de fechar os olhos e "ver" o filme como seu personagem principal. "

airtonshinto said...

CLÉBER EDUARDO, da SET On Line:
"No começo de Vermelho como o Céu, do italiano Cristiano Bortone, imagens felizes de infância: crianças brincam de cabra-cega, garoto pede uma tevê ao pai, um e outro vão ao cinema. Todas as experiências que reivindicam a visão. De repente, um acidente com uma arma. O garoto cinéfilo fica cego e vai para um internato especial. Ele transgride normas, desafia autoridades e, como previsto, impõe sua rebeldia, elaborando uma história só com sons e narração. Um letreiro inicial nos informa que a história é baseada em caso real. E, ao final, outro letreiro revela que o protagonista virou técnico de som. É o elogio da subversão do bem, que adocica o tributo à rebeldia de Zero de Conduta, de Jean Vigo. Bonitinho, mas ordinário."

airtonshinto said...

NEUSA BARBOSA, do site Cineweb:
"Está aqui um melodrama que não tem vergonha de dizer o seu nome, ou seja, assumir-se como tal. Ao contar a história – aliás, verídica – de um menino que ficou cego na infância e na vida adulta tornou-se um respeitado editor de som do cinema italiano (Mirco Mencacci), o filme de Cristiano Bortone nunca troca sua dignidade em proveito da pieguice. Portanto, as lágrimas que eventualmente despertar dos espectadores não deverão envergonhar ninguém.
É sempre doloroso ver crianças sofrendo – e não há porquê escamotear isto. Diferente é que o filme, mesmo conduzido num tom emotivo, procura iluminar um trajeto de superação que nunca é mágico, ou excessivamente heróico. Todo o esforço empreendido por Mirco (Luca Capriotti) para ser normal tem, portanto, o poder de despertar empatia, não pena, como costuma acontecer na média dos melodramas habitados por personagens com algum tipo de deficiência.
No começo do filme, Mirco brinca de cabra-cega com os amigos num vasto campo – um cenário que se repetirá, adiante, quando ele tiver perdido a visão, num estúpido acidente doméstico (o garoto mexia numa espingarda do pai quando o ouviu chamá-lo e caiu, num disparo acidental). A brincadeira de olhos vendados sinaliza a situação do menino, que não perde só a visão. Com apenas 10 anos de idade, perde o ambiente, os amigos, muda de cidade e de escola porque, até 1985, a lei italiana proibia deficientes visuais de freqüentarem escolas públicas. Por isso, eram forçados a estudarem apenas em institutos especiais, segregados dos demais alunos – o que vai totalmente contra a mentalidade moderna, que vê benefícios justamente na convivência de pessoas diferentes.
A maior qualidade do filme de Bortone, que escreveu também o roteiro – com Paolo Sasanelli e Mônica Zapelli – é justamente investir na luta de Mirco, com a ajuda de sua melhor amiga, uma menina que mora ao lado, em manter viva sua imaginação. O que, no caso, significa montar toda uma fábula com reis, rainhas e seres fantásticos, usando os sons que ele grava incansavelmente, subvertendo a rígida disciplina da escola. É difícil resistir a esta mensagem libertária ainda mais sabendo que, na vida real, ela teve um final feliz."

airtonshinto said...

CELSO SABADIN, do site Cineclick:
"Emotivo e emocionante, como só o cinema italiano sabe fazer. Assim é Vermelho como o Céu, filme que conta a história real de Mirco (Luca Capriotti), um garoto de dez anos que fica cego num acidente doméstico e é obrigado a freqüentar uma escola especial, longe dos pais e dos antigos colegas.
À primeira vista - sem trocadilhos -, o tema da cegueira infantil poderia sugerir um filme melodramático e choroso, mas esse, felizmente, não é o caminho seguido pelo diretor Cristiano Bortone, um cineasta inédito no circuito comercial brasileiro. Pelo contrário: Bortone trata o tema com lirismo e extrai de seu jovem elenco (quase todo formado por crianças realmente cegas) ótimos momentos de bom humor. Como tudo é ambientado na Itália dos anos 70, o sub-tema que permeia a trama é o autoritarismo, aqui travestido na figura do diretor da escola especial, um homem amargo - ele próprio também cego - que não acredita nas capacidades produtiva e criativa do deficiente visual. Como se percebe, há várias formas de cegueira.
Numa segunda análise, Vermelho Como o Céu é um filme sobre transições. O protagonista é obrigado a se adaptar ao mundo da escuridão, ao mesmo tempo em que cresce, em todos os sentidos, como pessoa. Enquanto isso, lá fora, a própria Itália é compelida a mudar as leis sobre estudantes deficientes, como o filme explica no final. Também sem querer estragar o final da trama, o destino verídico deste menino, quando adulto, também é dos mais poéticos.
Além de fazer uma belíssima declaração de amor ao cinema, Vermelho Como o Céu resgata a tradição humanista e passional de um tipo de cinema italiano que não tem medo de chorar. Não por acaso, ele foi eleito o melhor filme pelo Júri Popular da 30ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo."

Anonymous said...

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